O Ministério Público do Maranhão, em parceria com a
Secretaria de Fazenda e Polícia Civil, cumpriu mandados de busca e apreensão
nesta quarta-feira, 14, em depósitos de empresas de Imperatriz suspeitas de
sonegação fiscal.
A Operação Cripto, que quer dizer secreto, é
resultado de uma investigação do Ministério Público iniciada no mês de junho, após
formulação de notícia-crime pela Procuradoria Geral de Justiça sobre a
existência de depósitos com estocagem de mercadoria sem a devida inscrição
estadual, além do indício de omissão de vendas.
O secretário-adjunto da Receita Estadual, Magno
Vasconcelos, também participou da operação. Ele diz que o valor sonegado em
mercadorias gerou um prejuízo estimado de R$ 20 a R$ 30 milhões para o estado.
As promotoras de justiça Raquel Chaves (Promotoria
de Justiça Criminal) e Nahyma Ribeiro Abas (Promotoria de Justiça Especializada
em Probidade Administrativa) estão à frente da investigação. Elas informaram
que, das 13 empresas suspeitas de sonegar impostos, oito praticam o delito.
Também assinaram o pedido para concessão dos
mandados de busca e apreensão os promotores de justiça Antônio Coelho,
Alessandro Brandão, Ossian Bezerra e Domingos Eduardo Silva.
Foram identificadas como sonegadoras as empresas
Armazém das Tintas, Art Casa Materiais para Construção, Baratão da Construção
LTDA-ME, Dinâmica Comercial e Atacado, Elétrica Futura LTDA, Feirão dos Móveis
Magazine, Scala Construção LTDA e Suprimentos Embalagens LTDA.
“Há empresas que registram a entrada de apenas R$10
mil em mercadoria, quando o estoque real chega a R$10 milhões”, relata Nahyma
Ribeiro Abas.
Durante a análise dos estoques, as instituições vão
apurar quais mercadorias possuem nota fiscal e quais fazem parte da sonegação
para mensurar o delito.