Na
contramão dos regimes comunistas, o governador Flávio Dino já mandou preparar
estudos visando privatizar a Caema, a estatal que cuida do abastecimento de
água e tratamento de esgotos do estado. O dirigente, ao contrário do que muitos
possam imaginar, vai trilhar o caminho correto.
A Caema sempre foi deficitária,
um paquiderme que carrega rastros de corrupção e abriga milhares de cabides de
empregos políticos, notadamente no período em que não havia concurso público.
O sistema de abastecimento
regular do liquido precioso aconteceu logo nos primeiros anos da execução do
Projeto Italuis, no governo de João Castelo, que trouxe água do rio Itapecuru
para São Luis, graças ao dinheiro investido pela Alumar.
Mais de 30 anos depois, só
pequenos reparos e muitos rompimentos no sistema de tubulação. A Caema não se
sustenta, sempre sendo socorrida pelo tesouro estadual.
Então, se é um problema para o
governo, nada melhor do que se livrar dele. Neste sentido, a intenção do
governador Flávio está corretíssima. Privatizar a Caema é o melhor caminho.
Quando a Cemar foi privatizada,
montanhas de críticas eram jogadas contra o projeto por políticos da oposição
patrocinadas por empresas que viviam às custas da estatal. Anos depois, se
revelou como a solução mais adequada.
Hoje, a Cemar é uma empresa
privada enxuta, com quadro de pessoal ajustado, finanças equilibradas,
investimentos reais, atendimento regular, apesar das inadimplências de muitos
de seus usuários.
O Piauí se antecipou ao Maranhão
e lançou edital para a privatização, mas, por problemas de concorrência, o
processo ficou sub judice.
Resta saber como se dará a
privatização no Maranhão, se por concessão ou a venda definitiva da Companhia.